Nanocontos de Amor

Tinha o hábito de acariciar o lóbulo da orelha da esposa quando pego numa mentira. Ela, na maior inocência, suspirava e achava o gesto muito fofo.

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Rios de amor, perfumam as salivas em leitos.

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Como vocês se conheceram? “Ah, foi bem romântico! Eu trabalhava no andaime da obra e derrubei uma lata de tinta sobre alguém na calçada. Desci e fui lá me desculpar. Ela, toda suja, sorriu pra mim e daí acabei simpatizando.”

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Observa-me o mar, entoando brisas azuis, e com seu jeito maroto, pesca o meu olhar.

 

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De mãos dadas, o casal fazia compras no supermercado. Súbito, instala-se o caos. Correria. Gritos de assalto. Tiros. Produtos voando. Pânico geral. Eles se abaixam, sem soltar as mãos, trocam olhares tensos e dizem quase ao mesmo tempo: eu te amo!

 

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Vendo seus olhos para brincarmos de redescobrir o prazer de nos tocarmos.

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Não quero te decifrar, prefiro você assim, cheio de mistérios como eu.

 

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No carro, viajando de férias, o casal cantava empolgado a música do rádio. No banco de trás, o bebê na cadeirinha acompanhava o ritmo, balançando os braços e os pezinhos.

 

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Minha mão leva a sua. Sua mão conduz a minha. Juntas, descobrem que assim a vida é mais prazerosa de se viver.

 

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Abraçadinhos, olhando para o céu, os olhos estrelados como ovos numa frigideira.

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Amava livros, café e gatos. Foi trabalhar numa livraria. Fez curso de barista e adotou um felino. Vivia entre dois mundos, com insônia e arranhada. Era feliz.

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O seu sorriso me derrete por dentro e desperta uma doçura em mim que meus outros sorrisos desconheciam.

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Amar é me aconchegar no seu peito, enquanto as palavras dormem.

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