quinta-feira, 14 de abril de 2016

Momento desesperador


Sentiu os dedos gelados do terror tocando seu ombro.

Paralisado pelo medo, olhou pelo espelho retrovisor. Nada.

Desceu do carro. Olhou. Não havia ninguém no banco de trás.

Retornou para a estrada, perturbado.

Outra vez aquela sensação. Mãos pressionando. Um tapa nas costas. Voz elevada. Ele volta-se rápido. O vulto avança. Ele se defende e acerta-lhe um soco. Ambos se engalfinham e caem por cima de poltronas. Uma lanterna surge, quase atingindo sua cabeça.

O homem acorda. Percebe que está no cinema. 

E só então se dá conta - era o lanterninha tentando avisá-lo que dormira e o filme já terminara.


6 comentários:

  1. rssss...Adorei o suspense e o final inusitado! Muito legal! bjs, chica

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  2. kkk.Adorei
    Eu não dormia, eu beijava muito no cinema.
    Beijos
    Minicontista2

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  3. Como flui leve tua escrita.... como é fácil e bom de ler.... é o tipo de escrita que, inevitavelmente a gente chega no final e se pergunta: mas já?!... e fica sempre aquele sabor doce de quero mais...!

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  4. Olá,Rosa,... para mim, claro, esse é o verdadeiro fascínio dos contos , conforme os fatos vão sendo narrados e encadeados , a impressão de que tudo realmente é possível e passível de acontecer e isso vai nos instigando a se envolver cada vez mais, pois o tom vai se elevando até chegar o clímax e ao final... surpreendente...belos dias,beijos!

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  5. E agora fez-me rir um bom bocado :))))
    Bfds

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  6. Bem interessante Rosa,um conto que nos fascina até o momento final.
    Bjs,obrigada pela visita e um ótimo final de semana.
    Carmen Lúcia.

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